domingo, 30 de março de 2008

Governo nega pizza a'O Teatro Mágico


A trupe O Teatro Mágico protagonizou um fato inusitado em Caraguatatuba, SP, e involuntariamente confirmou a noção de que as coisas só acabam bem quando acabam em pizza. Na falta delas, sobra confusão. Veja o que a Folha de S. Paulo publicou em 28/03/2008 (clique para ler a notícia completa):
Pizza causa atrito entre Teatro Mágico e Estado
Grupo diz que está sendo "boicotado" pelo governo de SP por ter pedido pizza após uma apresentação em Caraguatatuba.
Segundo a banda, os organizadores queriam que eles comessem a comida do camarim; Secretaria da Cultura nega problema.
O site Vírgula também noticiou o “rebu da pizza” em Caraguá e no blog do grupo é possível ler sobre a indignação dos músicos.
Quem já viu O Teatro Mágico em cena sabe que os meninos fazem por merecer bem mais que pizza. Que custava pagar mais essa continha, governador Serra e secretário João Sayad? Qual a razão da mesquinhez com a rapaziada, logo vocês, políticos, fãs da tradicional iguaria italiana? Teria saído mais barato que digerir a confusão.
Questões gastronômicas à parte, confira a agenda da trupe até junho:

11/04/08 – JUIZ DE FORA/MG (Universidade Federal de Juiz de Fora)
30/04/08 – CAMPO GRANDE/MS (Av. Desemb Leão Neto do Carmo, 917)
01/05/08 – CORUMBÁ/MS (Festival América do Sul)
08/05/08 – CAMPINAS/SP (Campinas Hall)
10/05/08 – PALMAS/TO
11/05/08 – PALMAS/TO
17/05/08 – OSASCO/SP (Shopping Fantasy)
23/05/08 – RIO DE JANEIRO/RJ (Circo Voador)
25/05/08 – SANTOS/SP
30/05/08 – RIBEIRÃO PRETO/SP
31/05/08 – S. JOSÉ RIO PRETO/SP

Fonte: O Teatro Mágico

É isso mesmo: apresentações em Sampa antes de junho, nem pensar. O mais perto que chegam é Osasco, em 17 de maio. Comente.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Open house na Vila


A 7ª edição do “Arte da Vila”, que acontece de 5 a 6 de abril na Vila Madalena, em São Paulo, confirma de vez a vocação do bairro para pólo cultural da cidade. O evento consiste numa espécie de open house conjunto de 50 ateliês localizados na Vila, durante o qual é possível não apenas conhecer a produção dos cerca de 150 artistas e artesãos participantes, como freqüentar oficinas ministradas pelos próprios e conhecer seus locais de trabalho, suas técnicas e seus macetes. Os organizadores disponibilizam um mapa com indicação dos ateliês e das ruas. O horário de visitação vai das 10h às 19h.
Veja algumas das atrações deste ano:

  • Projeto Guri: promove a inclusão sócio-cultural de crianças e adolescentes com idades entre 8 a 18 anos por meio do ensino da música. Dispõe de uma lutheria, oficina de manutenção de instrumentos de corda.
  • Anéis de Saturno Bijoux: os artistas Luiz Galante e Cláudia Figueiredo utilizam materiais diversos para criar coleções temáticas de bijouterias.
  • Ateliê de cerâmica Ceramiche: peças utilitárias e decorativas produzidas pelas artistas Daisi Benedetti e Teresa Furuiti. Durante o evento, haverá queima de raku às 15h do sábado e às 11h do domingo.
  • Espaço do Papel: papéis artesanais e reciclados, além de personalização de álbuns, cadernos, kits educativos e convites.
  • Yá!: a grafiteira exporá sua street art produzida nas técnicas free hand, stencil e lambe-lambe, além de telas, roupas e outros suportes. Durante o evento, das 11h às 13h, sábado e domingo, comandará uma oficina de grafite e lambe-lambe.
  • Gagare Metallica: produção artesanal de motocicletas, com exposição de peças exclusivas.

Acesse a lista completa de atrações, escolha as suas preferidas e divirta-se. Depois, volte ao blog e diga o que achou do evento.
As informações são dos organizadores.

domingo, 16 de março de 2008

Magnum 60 anos – SP


Se no dia-a-dia dos jornais a fotografia é quase sempre relegada ao papel de ilustração das notícias, no longo prazo a relação de importância se inverte completamente. Prova disso é a exposição Agência Magnum 60 Anos – SP, em cartaz no espaço Caixa Cultural do Conjunto Nacional, em São Paulo, em comemoração aos 60 anos da agência de fotojornalismo fundada em 1947 pelos lendários fotógrafos Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, George Rodger e David Seymur ‘Chim’.
Que texto jornalístico é capaz de provocar a mesma emoção que Robert Capa consegue com a fotografia do desembarque das tropas americanas na Normandia, França, em 1944, no Dia D? Quantas linhas de texto seriam necessárias para descrever a confusão nas ruas da Paris de 1968 durante a revolta estudantil, fotografada por Bruno Barbey? Como descrever a cena de um homem franzino, carregando sacolas de supermercado, que impede o avanço de uma coluna de tanques de guerra numa avenida de Beijin, China, em 1989 – instantâneo registrado pelo fotógrafo Stuart Franklin
?
Deixando de lado os registros documentais, o visitante depara-se com as belíssimas cenas cotidianas de Cartier-Bresson, artista capaz de “pintar quadros” em segundos, na velocidade do click da câmara. A sensibilidade do fotógrafo Marc Riboud
revela a inusitada cena de um operário que pinta a Torre Eifel, em 1953, munido apenas de um pincel. Na seção “Retratos”, entre muitos outros personagens da história, é possível ver Marilyn Monroe durante uma sessão de fotos em 1960 (foto de Eve Arnold) e o guerrilheiro Che Guevara como ministro cubano da indústria, em 1963 (foto de Rene Burri).
A exposição permanece aberta até 6 de abril, com entrada franca. O Conjunto Nacional fica na Avenida Paulista, 2073, em São Paulo, SP.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Troca-troca de livros usados


No final do ano passado, três feiras de troca de livros organizadas pela Prefeitura movimentaram os parques do Carmo, da Luz e do Ibirapuera. No balanço geral, cerca de 10 mil trocas foram efetuadas. O sucesso estimulou a ampliação do projeto.
Para este ano, já estão programadas feiras em oito parques da cidade. Os leitores poderão fazer as permutas diretamente com os freqüentadores, que terão à disposição mesas separadas por assuntos: literatura geral, literatura infanto-juvenil, gibis e ‘troca com a mesa’, na qual o leitor poderá depositar um título e pegar outro que tenha sido deixado. O intuito é que as mesas funcionem como pontos de encontro para leitores de determinado gênero. Os livros não podem ser didáticos e, claro, precisam estar em bom estado.
As feiras ocorrem aos domingos, das 10h às 16h. Confira a programação:

16 de março: Praça Buenos Aires (Av. Angélica, Higienópolis)
30 de março: Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral)
13 de abril: Parque do Carmo (Av. Afonso Souza, Itaquera)
27 de abril: Parque Chico Mendes (R. Cembira, Vila Curuçá)
11 de maio: Parque Anhanguera (Av. Fortunata Natucci, Perus)
18 de maio: Parque Cidade de Toronto (Av. Cardeal Mota, Pirituba)
8 de junho: Parque da Luz (Praça da Luz, centro)
22 de junho: Parque Santos Dias (Est. de Itapecerica, Capão Redondo)

A notícia foi publicada originalmente no blog da Veja São Paulo e decidi replicar aqui porque achei genial a iniciativa da Prefeitura.

terça-feira, 4 de março de 2008

Rock'n'book

Me perdoem o chavão, mas São Paulo abriga lugares surpreendentes. Imaginem um galpão assobradado localizado na Barra Funda, medindo 4 m x 25 m (medidas aproximadas, pois não carrego trena), pé-direito baixo, no fundo do qual percebe-se um modesto palco. Nas paredes, prateleiras de livros fazem as vezes de decoração, conferindo um ar cult ao ambiente. No palco, revezam-se atrações que vão do rock progressivo da Banda NAVE – que se apresentou sábado, 1/03 – à miscelânea de poesia, artes plásticas, MC’s, DJ’s e Festa HipHop anunciada para 22 e 29 de março, passando por samba rock, MPB e instrumentais – “só trabalhos autorais”, como faz questão de destacar a moça do caixa. “Aqui não entram covers”.
O tal galpão na verdade é um bar, o Livraria da Esquina
, localizado na Rua do Bosque, 1254. O intrigante é que a esquina fica a pelo menos 100 metros de distância.
Sobre a Banda NAVE, basta dizer que os caras são bons. Conheço o Bê (baixo e vocal) a alguns anos, sempre envolvido com música de qualidade. Lamentavelmente, a Livraria parece não dispor de infra-estrutura suficiente para receber uma banda como a NAVE. Falta acústica ao ambiente e sobram distorções no sistema de som – o que possivelmente explica os microfones dos vocais tão abafados.
Os livros das prateleiras não chegam a empolgar, mas permanecem ali, disponíveis para quem quiser folheá-los.
Enfim, a Livraria da Esquina é uma excelente idéia. Será uma excelente opção de lazer quando conseguir resolver os problemas do espaço e do som.
Se você conhece outros lugares curiosos, não deixe de postar um comentário com a dica.